quarta-feira, 16 de janeiro de 2013
CONJUNTO MARECHAL MASCARENHAS DE MORAES: UM BREVE RELATO HISTÓRICO
Por Professor Moisés Basílio Leal
O Conjunto Habitacional Marechal Mascarenhas
de Moraes é o nome oficial do bairro que foi inaugurado no dia 06 outubro de 1968, pelo
prefeito Faria Lima, pelo então presidente da COHAB/SP, o empresário Mario
Amato e demais autoridades civis e militares na cerimônia ocorrida na praça principal do bairro. No mesmo ano também foi inaugurada a Escola Municipal de Ensino
Fundamental Rodrigues de Carvalho.
O bairro está localizado na altura do número 12.404 da
Avenida Sapopemba, distrito do Sapopemba, Subprefeitura da Vila Prudente e
Sapopemba, cidade de São Paulo, estado de São Paulo, Brasil.
Ao norte do Conjunto Mal.
Mascarenhas de Moraes passa a avenida Sapopemba e situa a divisa com o Jardim
Sapopemba, bairro mais antigo. Ao leste e ao sul o bairro faz divisa com a
Fazenda da Juta. E a oeste o bairro faz divisa com o Jardim Adutora e o Jardim
São Roberto.
O Conjunto Mal. Mascarenhas de
Moraes foi um bairro planejado e construído pela COHAB/SP
- Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo - uma
empresa da Prefeitura de São Paulo, fundada em 1965. Primeiro a COHAB construiu
1.117 casas/embriões, que depois gradualmente foram ampliadas pelos moradores,
e depois, na década de 70 do século XX, fazendo frente à Avenida Sapopemba, a empresa construiu
mais 176 apartamentos. Em 2005, a COHAB contabilizava que no conjunto moravam
6.465 habitantes.
A esse número de moradores do
conjunto, soma-se mais uma quantidade enorme de pessoas que a partir dos anos
80 iniciaram um movimento de ocupação dos terrenos públicos e do espólio do
industrial Humberto Reis Costa no entorno do Conjunto Mascarenhas de Moraes em
direção às regiões da Fazenda da Juta e Jardim São Roberto. Ao sul do bairro,
essa ocupação se seguiu até ao córrego Oratório, marco da divisão da Capital
com a cidade de Santo André. A oeste, o terreno público destinado pela COHAB/SP
para construção de equipamento público municipal, parte foi cedido para a
Igreja Católica que construiu a Igreja São Sebastião e a outra parte foi
ocupada por populares. Mais acima, também a oeste, num terreno particular, que
hoje está sendo loteado, está o campo de futebol do Garoa, que utiliza o espaço de
comum acordo com os proprietários. O Garoa reivindica construção de um CDM
nesse local.
O nome do bairro, que foi
construído e inaugurado durante o período do regime da ditadura militar, é uma
homenagem ao comandante da FEB (Força Expedicionária Brasileira), Marechal
Mascarenhas de Moraes, que lutou na Segunda Guerra Mundial, nos anos de 1944 e
1945, na Europa. Os nomes das ruas também são uma homenagem aos soldados brasileiros que morreram durante a guerra.
A construção do Conjunto Mal. Mascarenhas
de Moraes e a progressiva implantação de infra-estrutura urbana local induziram ao
aparecimento de bairros vizinhos. Entre eles podemos destacar os bairros que
surgiram de loteamentos populares como Jardim São Roberto e o Jardim Adutora. Já o bairro da Fazenda da Juta surgiu a partir de várias ocupações do Movimento dos Sem Terra urbanos, mutirões de
autoconstrução e da construção de apartamento pelo CDHU, uma empresa do governo do
Estado de São Paulo que realiza o programa de habitação popular.
O bairro conta com uma rede de
serviços públicos, mas que devido ao adensamento populacional dos bairros
vizinhos não atende adequadamente a
população local. Os principais equipamentos dessa rede pública são: EMEF
Rodrigues de Carvalho (Ensino Fundamental), Escola Estadual Valdir Fernandes
Pinto (Ensino Fundamental e Médio); EMEI Eder Sader (Educação Infantil), EMEI
Carlos Humberto Volpon (Educação Infantil); Unidade Básica de Saúde Mascarenhas
de Moraes; 2 Telecentros.
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DOCUMENTO HISTÓRICO 1: Propaganda da inauguração do bairro no Jornal Folha de S. Paulo. Fonte: Jornal Folha de São Paulo, sexta-feira, 04 de outubro
de 1968, 1º caderno, página 5.
DOCUMENTO HISTÓRICO 2: Reportagem do jornal Folha de S. Paulo com críticas do Movimento de Organização de Voluntários pela Promoção do Favelado - MOV -, sobre a forma como a Prefeitura estava trazendo moradores de favelas para o novo conjunto.
Fonte: Jornal Folha de S. Paulo, 6 de outubro de 1968, 1º
caderno, página 4
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